Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Você já teve a sensação de estar sendo usado por alguém? Ou que as atitudes de uma pessoa não são tão sinceras como ela diz ser?
Se sim, você pode ter sofrido manipulação emocional sem saber.
Embora se fale muito desse assunto no contexto de relacionamentos amorosos, a manipulação emocional pode acontecer em vários contextos sociais.
Amigos, colegas de trabalho, professores, chefes, familiares e cônjuges podem usar de estratégias desse tipo de manipulação para atingir um objetivo específico.
O que é manipulação emocional?
A manipulação emocional pode ser descrita como uma série de condutas utilizadas por uma pessoa para conseguir o que quer de outra.
São usados gestos, palavras, ações, pressão psicológica e sentimentos para influenciar o outro a fazer alguma coisa ou a se portar de uma determinada maneira.
A maioria das pessoas tem dificuldade para perceber esse tipo de manipulação, uma vez que existe uma linha tênue entre o que é socialmente aceito e o que não é.
Por exemplo, uma pessoa pode fazer algo legal para você com segundas intenções, mas, no momento, você é tomado por felicidade e gratidão. Raramente o pensamento de que ela está tentando te manipular vem à mente.
É através da convivência e da análise da conduta do manipulador a médio e longo prazo que se consegue perceber um padrão comportamental nocivo.
A partir de então, é possível tomar previdências para não ser mais prejudicado por suas táticas de manipulação emocional.
8 tipos de manipulação emocional
Por ser sutil e silenciosa, é preciso prestar atenção nos comportamentos que caracterizam a manipulação emocional. Mesmo assim, você pode não querer ver o que está bem à sua frente ao percebê-los.
É normal que a negação aconteça, dado que ninguém quer acreditar que uma pessoa tão legal esteja fazendo algo tão ruim.
Mas é preciso abandonar essa mentalidade, principalmente quando você já percebeu uma recorrência de condutas tóxicas.
Abaixo, confira os tipos mais comuns de manipulação emocional.
1. Gaslighting
Gaslighting é uma forma de manipulação que consiste em mentir para fazer a outra pessoa acreditar em uma realidade inexistente.
Assim, o manipulador consegue acusá-la de ser ‘louca’ ou ter comportamentos ‘equivocados’ quando for conveniente para ele.
A pessoa começa a duvidar de si mesma e ficar cada vez mais suscetível a abraçar a percepção manipulada da realidade do outro.
Como ela deixa de ter certeza de sua interpretação, ela não tem argumentos para rebater o manipulador quando ele faz acusações.
2. Ameaça de punição
Esse tipo de manipulação consiste em ameaçar a vítima com punições caso ela não atenda aos desejos do manipulador.
As punições podem ser o término do relacionamento, agressões físicas, perdas financeiras ou materiais, demissão, difamação da reputação, entre outros.
Com medo de sofrer as consequências, a vítima cede à vontade do manipulador e se arrepende ou tem vergonha de si mesma depois.
3. Vitimização
A vitimização é uma tática utilizada para fazer a pessoa ter pena do manipulador.
Ele começa a se criticar ou se lamentar excessivamente por uma situação, como se a vida fosse injusta com ele.
Também pode acusar a pessoa de causar o seu sofrimento, se colocando na posição de vítima mesmo quando foi ele quem criou a situação.
Para sensibilizar o outro, ele pode chorar, gritar ou simular uma crise emocional.
Depois, pede desculpas pelo comportamento inadequado e se mostra arrependido na tentativa de incentivar a pessoa a ter empatia pelo seu descontrole emocional.
Dessa forma, ela é compelida a perdoar o manipulador para cessar o seu sofrimento ou fazer o que ele quer.
4. Ameaça de autopunição
Diferente da ameaça de punição, esse tipo de manipulação emocional é caracterizada pela ameaça de ferir a si mesmo ou de se colocar em uma situação ruim propositalmente.
Uma tática comum é ameaçar suicídio quando a vítima afirma querer terminar o relacionamento.
O manipulador consegue deixá-la presa à relação abusiva e, ainda, fazer com que a vítima se sinta culpada por querer ‘abandoná-lo’.
5. Recompensas mediante condições
A recompensa condicionada envolve prometer agrados mediante um comportamento ou atitude específica.
As pessoas raramente percebem esse tipo de manipulação porque ela soa como uma troca de favores.
Na tentativa de ser gentil e educada, a pessoa atende ao pedido do manipulador.
Com o tempo, porém, começa a perceber um padrão estranho na sua maneira de fazer solicitações.
É comum que as condições para obter a recompensa sejam alteradas quando a pessoa faz pressão.
Por exemplo, em um relacionamento amoroso, o cônjuge pode prometer mudar e, quando é cobrado, estabelecer uma nova condição para que o outro receba a sua recompensa.
Esse ciclo se repete até que a pessoa perceba a manipulação.
6. Terceirização da culpa
Outra forma bastante comum de manipulação emocional é terceirizar a culpa ou responsabilidade dos atos para a vítima.
O manipulador nunca aceita estar errado, então dá um jeito de culpar a vítima por tudo de ruim que ele causa na sua própria vida ou na dos outros.
A vítima pode tanto recusar ser responsabilizada por algo que não fez quanto abaixar a cabeça por não ter certeza do que aconteceu ou por ter pena da reação do manipulador.
As tentativas de culpabilização não param mesmo quando a vítima se posiciona contra.
7. Minimização da dor do outro
O manipulador faz pouco caso da dor da pessoa.
Nada que ela sente é aceitável, compreensível ou racional.
Ele pode chegar até a dizer que o sofrimento dela incomoda, então deve sofrer em silêncio.
A vítima ou acredita nas acusações do manipulador e muda o seu comportamento, ou se magoa com o descaso.
Neste caso, ele pode fazer algo legal para ela se alegrar e esquecer o ocorrido, mas, na próxima oportunidade, ele volta a minimizar a sua dor.
8. Tratamento do silêncio
O tratamento do silêncio é usado, sobretudo, em relacionamentos amorosos.
Em vez de se dispor a resolver um impasse com maturidade, o manipulador ignora a vítima.
Não responde mensagens, evita conversar com ela, finge que ela não está no cômodo e é frio o tempo todo.
Essa é uma forma de punir a vítima e influenciá-la a dar o primeiro passo para resolver o problema, ainda que ele tenha sido criado pelo manipulador.
Com o tempo, ela passa a temer esse comportamento e, para evitá-lo, cede ao manipulador.
O que fazer ao identificar a manipulação emocional?
Ao identificar a manipulação emocional, você pode conversar com a pessoa sobre as atitudes dela, especialmente quando se trata de um cônjuge, ou se afastar.
Tenha em mente que o manipulador raramente ouve as ‘acusações’ da vítima e muda o seu comportamento.
É provável que ele tente jogar a culpa em você.
Caso a pessoa demonstre interesse em melhorar o relacionamento, fique atento aos comportamentos dela.
Como visto, é comum o manipulador dizer que está arrependido e mudar de conduta por um tempo, mas logo retornar aos comportamentos tóxicos.
Se não houver mudança de comportamento, a pessoa não está, de fato, interessada em fazer a relação dar certo.
É mais fácil se afastar de relacionamentos platônicos, embora cortar relações com uma amizade possa ser doloroso.
Se você acredita que o melhor caminho para a sua saúde mental é se distanciar, faça isso de maneira gradual.
Se o manipulador perceber o seu afastamento e quiser conversar, seja sincero.
Já se ele não demonstrar interesse em saber o porquê, mantenha a distância.
Terapia para se recuperar da manipulação emocional
Vítimas de manipulação emocional normalmente levam tempo para digerir o que aconteceu com elas.
Devido ao caráter sorrateiro desse tipo de manipulação, as pessoas precisam analisar as suas lembranças para entender a situação como um todo e, enfim, fazer um julgamento certeiro do relacionamento ou do ocorrido.
Da mesma forma, a manipulação emocional pode deixar feridas no psicológico das vítimas.
Elas podem deixar de confiar nos outros, fugir de relacionamentos (amorosos ou platônicos), se culpar por ter caído na manipulação do outro e até desenvolver depressão.
Para processar o que aconteceu e combater traumas que afetem relacionamentos futuros, quem sofreu esse tipo de manipulação pode procurar a terapia.
Em conjunto com o psicólogo, o paciente digere o que aconteceu de modo saudável, evitando a formação de sequelas emocionais.
Ele, ainda, consegue deixar o passado para trás com mais facilidade. Ao tentar entender a situação sozinho, a culpa, vergonha e arrependimento podem interferir no seu julgamento, fazendo com que a pessoa fique presa à experiência ruim.
Na terapia, ela não passa por esse processo doloroso.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise
6 respostas em “Manipulação emocional: o que fazer quando se é a vítima?”
Excelente Dra
Olá, quero agradecer pelo que aprendi, me ajudou bastante , foi como uma luz na minha mente, muito obrigado.
Gratidão,ajudou bastante! 😊
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo!
Muito boa a explicação, me ajudou muito.obgd.
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo!