Espero que você esteja gostando do nosso site. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem na Av. Paulista presencialmente e também online por vídeo chamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
A depressão é uma das condições de saúde mental mais comuns da atualidade. Por isso, estima-se que a doença hoje atinja aproximadamente 350 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Muitos fatores podem explicar esse número: estilo de vida pouco saudável, ausência de autocuidado, falta de consciência acerca da saúde mental, ambiente profissional competitivo, problemas familiares, pressões e cobranças da sociedade, relacionamentos tóxicos, entre outros.
Apesar de ser tão comum, nem sempre é fácil identificar a depressão. Os sintomas muitas vezes são confundidos com mal-estares momentâneos ou começam a ser interpretados como traços de personalidade (“eu sempre fui assim”) por conta do costume resultante da convivência com eles.
Não é incomum que indivíduos com suspeita de depressão somente procurem um psicólogo quando a doença já está avançada e debilitando diversas áreas das suas vidas, característica que torna o tratamento mais desafiador. Por isso, para prevenir esse cenário, é ideal conhecer os sinais básicos dessa condição.
O que é depressão?
A depressão, segundo o DSM-V, é um transtorno de humor caracterizado por uma tristeza persistente e inexplicável. Então, ela pode ser desenvolvida em qualquer momento da vida e afeta pessoas de todas as idades.
Embora seja frequentemente associada aos jovens, a maioria dos casos registrados no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são em idosos entre 60 e 64 anos.
Vários fatores estão atrelados ao surgimento da depressão. A doença pode ser resultado de um desequilíbrio da bioquímica do cérebro, de eventos traumáticos nos primeiros anos de vida ou de experiências negativas no presente, como demissão ou término de relacionamento.
A depressão é dividida em três graus de gravidade: leve, moderado e grave. Devido às suas características distintas, como duração e sintomas, há uma abordagem específica de tratamento para cada um. Tanto casos leves quanto graves devem ser tratados com seriedade. Quadros menos severos podem facilmente evoluir se os sintomas forem ignorados.
Sinais de depressão
A depressão modifica o jeito de pensar, agir e sentir. Pessoas depressivas passam a reproduzir comportamentos atípicos, despertando a curiosidade e a preocupação de quem convive com elas. Mas raramente elas conseguem perceber essas mudanças, o que pode provocar o agravamento do quadro.
Assim que você notar uma diferença significativa no seu jeito de ser e pensar, tire um momento para refletir se está mesmo tudo bem com você e como anda a sua vida. Viver pequenos períodos de mau humor e tristeza é comum, mas, quando eles se prolongam, podem indicar a necessidade de consultar um psicólogo.
Separamos, a seguir, sete sinais comuns de depressão para ajudá-lo a identificá-los com facilidade.
1. Tristeza sem motivo
Um dos principais sintomas da depressão é a tristeza sem motivo aparente. Por isso, quando ficamos tristes, normalmente essa emoção é provocada por um acontecimento ou uma notícia ruim. É normal passar semanas sentindo-se para abaixo até que essa emoção seja totalmente digerida. Assim que isso acontece, a tristeza vai embora.
Já quando ela aparece sem uma razão e permanece por várias semanas ou até meses, pode ser sinal de depressão. Então, se você tem se sentido triste, se pergunte há quanto tempo essa emoção o tem acompanhado e o porquê disso. Se nada significativo tiver acontecido na sua vida, a tristeza pode ser sinal de depressão.
2. Sensação de vazio
A sensação de vazio costuma estar acompanhada de muita angústia e não importa o que a pessoa com depressão faça, ela não consegue afastar a sensação de que há algo faltando em sua vida. Então, aos poucos, pode começar a questionar se vale a pena continuar trabalhando, manter o relacionamento ou dar continuidade ao seu estilo de vida atual.
Esses questionamentos podem tanto levar ao isolamento, visto que a pessoa deixa de ver sentido nas coisas, quanto a uma busca incessante por emoções. É por essa razão que muitas pessoas depressivas recorrem a estimulantes de prazer imediato, como álcool, comida e festas. Mas esses fatores não resolvem o problema e logo elas voltam a se sentir anestesiadas e sem propósito.
3. Perda de interesse
Outro sintoma muito comum da depressão é a perda de interesse por atividades que antes eram consideradas prazerosas. Hobbies, objetivos profissionais, relacionamentos e sonhos de uma vida inteira subitamente deixam de fazer sentido, levando a pessoa com depressão a questionar se vale a pena continuar focando nesses aspectos da sua vida.
Embora logicamente ela compreenda a importância de persistir para alcançar os seus objetivos e melhorar as suas habilidades, não consegue encontrar motivação para sair do lugar. Até coisas pequenas, como assistir seriados, ler ou tocar um instrumento, deixam de ser atraentes.
4. Falta de vontade
A falta de vontade é outro fator que impede a realização de atividades de lazer e, neste caso, também se estende a afazeres diários. Muitas vezes a depressão é confundida com preguiça ou má vontade quando, na verdade, a pessoa com depressão não tem energia para fazer as coisas, mesmo que sejam simples.
Lavar uma louça ou varrer a casa passam a demandar um esforço maior, por isso, muitas pessoas com depressão grave deixam de arrumar as suas casas, comer e cuidar da higiene pessoal. Tudo requer energia que, no momento, elas são incapazes de ter.
O cansaço é tanto físico quanto mental. A depressão estimula muitos pensamentos e questionamentos negativos, os quais podem dominar a mente das pessoas e causar exaustão mental no fim do dia.
5. Pensamentos negativos
Os pensamentos negativos se tornam um problema constante quando se tem depressão e causam ou intensificam outros sintomas, como oscilações de humor, falta de vontade, tristeza ou sensação de vazio. Além disso, induzem as pessoas a ter interpretações extremamente negativas dos acontecimentos, como se tudo e todos estivessem contra elas.
Os pensamentos negativos comuns na depressão envolvem questionamentos sobre o próprio valor e propósito no mundo, comparações com outras pessoas para destacar os próprios defeitos, crenças de que tudo dá errado independente do quanto se tente, culpabilização dos outros por seus sentimentos e problemas, entre outros.
6. Falta de concentração
Se você está com dificuldade para se concentrar no seu trabalho ou na execução de tarefas diárias, a depressão pode estar por trás disso. A disfunção da química cerebral típica dessa condição, aliada ao cansaço mental praticamente constante, acaba afetando a capacidade de se concentrar em um ou mais objetos por um longo período.
Outro sintoma igualmente comum é a perda de memória, em parte resultante da incapacidade de se concentrar. A pessoa com depressão esquece o que fez por não ter prestado atenção o suficiente no momento. Mas esquecimentos não associados a falta de concentração também acontecem.
7. Irritabilidade
A irritabilidade possui uma característica semelhante à tristeza: ela aparece de súbito e permanece por um longo período sem um motivo aparente. Como a depressão causa muitos pensamentos negativos, é comum ficar com raiva de si mesmo e dos outros, além de se irritar com pequenas situações que normalmente não causariam uma reação intensa.
A irritabilidade pode afetar os relacionamentos da pessoa depressiva, dado que conviver com alguém que está sempre irritado tende a ser desafiador. Aliás, familiares, amigos e cônjuges costumam ser os primeiros a perceber a mudança de humor repentina, mas as suas preocupações iniciais costumam ser ignoradas.
O que fazer se eu identificar a depressão?
Quando se tem depressão, normalmente se pensa que as emoções e os pensamentos negativos nunca irão embora. A tendência é ficar preso nesse ciclo de angústia, apatia e insatisfação para sempre. Os momentos de alegria e prazer de viver do passado costumam ser esquecidos e os dias passam a ser cinzas.
Embora esse sentimento possa ser intenso, ele não é verdadeiro. É possível retomar o estilo de vida que lhe causava felicidade e satisfação no passado. Se você acredita estar sofrendo de depressão, agende uma consulta com um psicólogo e/ou psiquiatra.
Enquanto os medicamentos psiquiátricos ajudam a conter os sintomas, a psicoterapia auxilia pacientes a administrá-los no dia a dia, bem como a compreender as razões por trás da doença. O tratamento psicoterapêutico para a depressão tende a ser longo e doloroso para muitas pessoas, pois mexe com múltiplas questões emocionais e nem todos estão prontos para enfrentá-las.
A mudança de hábitos quando não se tem vontade de fazer nada é outro desafio. A consolidação de uma rotina saudável, com exercícios regulares e alimentação balanceada, pode levar semanas ou até meses. Entretanto, à medida que você trabalha para curar a depressão, o caminho para a recuperação fica mais fácil.
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: Atua como psicóloga clínica há mais de 15 anos, está cursando mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atua também com Psicanálise
8 respostas em “Como identificar a depressão?”
Boa tarde ✋
Estou gostando muito dos artigos e está dando pra ENTENDER e compriender melhor sobre SAÚDE MENTAL 🤗
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Material muito esclarecedor !!!
Obrigado !
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Bom dia doutora .muito obrigado .através dos seus vídeos .que eu recebo diariamente …pude me indentificar com depressão .já até comecei fazer tratamento …muito obrigado
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Gostei do conteúdo sobre depressão.
É bem esclarecedor.
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