Psicoterapia: o que é e quando procurar

A psicoterapia é o nome ‘formal’ da terapia conduzida pelo psicólogo. Por definição, a palavra ‘terapia’ está associada a tentativa de remediar um problema de saúde.

Existem vários tipos de terapia e cada qual possui indicações e contraindicações. Por exemplo, a terapia ocupacional é a área voltada para o auxílio de pessoas com problemas físicos, sensoriais, motoros e sociais.

Baseada em conceitos da psicologia e técnicas procedentes de abordagens psicológicas, a psicoterapia pode ser descrita como o enfrentamento de problemas a partir do diálogo entre o paciente e o psicólogo, além do tratamento de sintomas de condições de saúde mental.

Ela é realizada em um consultório cujo ambiente é confortável e acolhedor. Dessa maneira, o paciente se sente à vontade para conversar abertamente com o profissional. Entretanto, na era da internet, a psicoterapia também passou a ser realizada à distância por meio de videochamadas.

A duração e o tipo de psicoterapia apropriada para cada paciente depende da avaliação clínica do caso e da resposta do mesmo à terapia.

Algumas pessoas têm mais dificuldade para expressar seus sentimentos e falar sobre assuntos da intimidade, bem como possuem maior resistência a mudanças. Assim, levam mais tempo para se sentir confortável com a terapia.

Bem como em todos os tratamentos médicos, a disposição e determinação do paciente no decorrer das consultas são fundamentais para o sucesso da psicoterapia!

Qual é a necessidade da psicoterapia?

A psicoterapia é indicada para todas as pessoas que desejam:

• Adquirir mais conhecimento sobre si mesmas, incluindo sentimentos, crenças, jeito de ser, sexualidade e comportamentos;
• Tratar sintomas da depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, transtorno bipolar, transtorno de personalidades, distúrbios alimentares, transtorno do pânico, entre outras condições;
• Superar eventos traumáticos; e
• Buscar soluções para problemas do cotidiano que envolvem a carreira, família, vida social, casamento e quaisquer áreas da vida que estejam causando sofrimento.

Com a orientação do psicólogo, que age com base nas técnicas e conhecimentos da sua abordagem psicológica de formação, quem faz terapia consegue, aos poucos, atingir os seus objetivos.

1.     Resolução de problemas da vida diária

Certos problemas que, aos olhos de alguns indivíduos, não parecem sérios podem ser o fim do mundo para outros.

O estresse, ansiedade e preocupação tomam conta e não se consegue encontrar soluções práticas e efetivas. É assim que as pessoas começam a ficar sobrecarregadas com as suas próprias vidas.

O psicólogo pode ajudá-las a encontrar as respostas que tanto desejam obter através do controle emocional e do confronto de medos e apreensões. O profissional não fornece as respostas diretamente, como um conselheiro faria.

Em vez disso, encoraja o paciente a encontrá-las por meio de reflexões e ferramentas psicológicas. Assim, ele desenvolve autonomia para lidar com situações que antes considerava estressantes.

2.     Tratamento de condições específicas

Além disso, a psicoterapia é indispensável para quem sofre de condições que deterioram a saúde mental. Quando não tratadas, elas podem trazer uma série de prejuízos para a vida diária e saúde do corpo, além de se tornar debilitantes.

A depressão, por exemplo, pode progredir para um quadro grave se tratada como um pequeno “inconveniente” em vez de uma condição de saúde séria.

Embora praticar exercícios físicos, trabalhar e socializar com indivíduos alto-astral ajudem a afastar o humor depressivo, a pessoa com depressão não consegue aproveitar os seus benefícios por completo se não estiver em tratamento.

Mesmo sofrendo com sintomas desagradáveis, muitos não buscam a ajuda de um psicólogo para cuidar da saúde mental. A psicoterapia é ainda vista com pré-conceitos e desconfianças por uma parcela da população. Infelizmente, esses estigmas afastam quem realmente precisa de terapia do consultório dos psicólogos.

A psicoterapia também pode complementar o tratamento de vícios, como dependência de álcool, cigarro, jogo, compras e até de comida. O apoio emocional é proporcionado tanto ao paciente quanto à sua família.

3.     Autoconhecimento

Durante o processo psicoterapêutico, independente do seu objetivo, os pacientes adquirem autoconhecimento. O grau é variável uma vez que a aquisição de conhecimento sobre si mesmo depende do foco da psicoterapia e da disposição do paciente.

Enfrentar fragilidades não é fácil. Você pode acabar descobrindo que possui um comportamento que critica em outras pessoas e ter dificuldade para lidar com a situação. Entretanto, entender e aceitar que as pessoas são feitas de contradições é parte do processo de autoconhecimento.

Ele não costuma ser linear, aliás. Você vai avançando à medida que acredita estar pronto e pode voltar a questões aparentemente já resolvidas a qualquer instante.

Apesar disso, o ato de se autoconhecer traz esclarecimento e confiança para lidar melhor com as situações. Quando você sabe quem é e sabe o que quer, críticas e comentários maldosos, momentos de adversidade e aparentes ‘fracassos’ não conseguem te abalar.

A certeza inabalável que o autoconhecimento fornece conduz os pacientes de psicoterapia à uma vida mais tranquila, feliz e equilibrada. Embora você tenha consciência de seus defeitos e fraquezas, o seu principal foco passa a ser as suas qualidades, forças e vitórias.

Como é feita a psicoterapia?

A psicoterapia é, como dito, feita através do diálogo.

Na primeira consulta com o psicólogo, o paciente é requisitado a explicar os motivos que o levaram a procurar a terapia para que seja feita uma avaliação inicial. É neste momento que diversos questionamentos acerca dos problemas do paciente são feitos.

Na primeira consulta, também é recomendado questionar o psicólogo sobre a abordagem utilizada e como ela pode ajudá-la.

Já nas sessões seguintes, o psicólogo começa a utilizar técnicas e ferramentas para ajudar o paciente a atingir os seus objetivos com a terapia. Enquanto o paciente fala, ele normalmente toma nota do que está sendo dito para fazer questionamentos pertinentes em futuras consultas.

O diálogo conduzido entre o profissional e paciente deve ser honesto para o sucesso do tratamento. Ou seja, quaisquer preocupações ou problemas podem ser levados à terapia. Isso inclui dificuldades em seguir as recomendações e fazer as reflexões sugeridas pelo psicólogo.

Quando o paciente está desconfortável com o profissional ou o método, ele não consegue aproveitar os benefícios da psicoterapia. Então, esse desconforto deve ser expresso para que ajustes possam ser feitos, ou o paciente possa mudar de profissional ou abordagem.

As consultas de terapia duram cerca de 45 a 60 minutos e, no começo do tratamento, elas normalmente são realizadas uma vez por semana. Com o avanço do paciente, elas podem passar a acontecer a cada duas semanas ou no período que o mesmo achar melhor.

É importante destacar que não há imposição na terapia. O psicólogo e o paciente sempre trabalham em conjunto.

Como escolher um psicólogo?

A escolha do psicólogo ideal para o caso do paciente é outro fator essencial para o sucesso do processo psicoterapêutico. Mas, o que de fato caracteriza o ‘psicólogo ideal’?

Primeiramente, o paciente precisa se sentir confortável para conversar sobre uma variedade de assuntos com o psicólogo, desde tópicos corriqueiros a assuntos delicados.

Ele não pode sentir que está sendo julgado, tratado com descaso ou induzido a ter pensamentos incoerentes com a sua essência. A postura do psicólogo deve ser de imparcialidade, respeito e compreensão. Então, essas características devem ser procuradas durante as consultas.

Outro ponto em que o paciente precisa prestar atenção é se a relação entre ele e o psicólogo despertou empatia. Isto é, se o profissional conseguiu compreender o seu “eu” sem juízos de valor.

Quando o paciente traz problemas fora da zona de conforto do psicólogo, a sua reação deve ser tentar entender o assunto dentro do consultório, com a escuta, e fora, com pesquisas adicionais. Caso esse comportamento não seja percebido, pode ser necessário buscar outro profissional.

A transparência do profissional também é muito importante.

Ele precisa ser direto a respeito de outras informações pertinentes acerca da realização do tratamento psicoterapêutico, como formas de pagamento, sigilo profissional e abordagem psicológica utilizada, por exemplo.

Quando procurar a psicoterapia?

Você pode começar a psicoterapia em qualquer momento da sua vida! Ela é indicada para todas as idades: crianças, adolescentes, adultos e idosos. É igualmente indicada para tratar múltiplas questões emocionais e condições, como visto anteriormente. 

As consultas de psicoterapia podem ser feitas individualmente, em casal ou em grupo. O grupo pode ser composto por pessoas da mesma idade, profissionais da mesma empresa ou membros da mesma família. É claro que as consultas em grupo são acordadas com todos os participantes para não haver constrangimento.

Sendo assim, a pessoa interessada em fazer terapia pode fazer uma busca pelo profissional adequado e agendar uma consulta de imediato.

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